Literatura de Cordel é uma manifestação folclórica muito expressiva no Brasil. No nordeste é vendida em feiras, onde se encontram o artesanato, as comidas regionais, danças, cantos e outras atividades, a maioria comercializada em barracas.
O cordel com capa de xilogravura (mas também ilustração, foto ou só letra) é conhecido por esse nome, porque os folhetos à venda costumam ficar abertos e pendurados em uma cordinha com as capas voltadas para o público.
A literatura de cordel é matéria de informação, notícia e diversão. O cordelista vende seus folhetos com uma técnica simples: coloca-os por cima dos caixotes ou tábuas e começa a declamar em voz alta, cantando até quase o final. Faz uma pausa e diz:
– Quem quiser saber o fim, que compre o meu cordel.
Os cordelistas formam um grupo unido, uns vendem os folhetos dos outros. Muitos destes cordelistas, vindos do Nordeste, instalaram-se no Rio de Janeiro, onde se apresentam nas feiras de São Cristóvão e Caxias ou em praças frequentadas por nordestinos e público em geral.
Pessoas humildes e intelectuais também agrupam-se para ouvir as histórias em versos, na maioria acompanhadas por uma melodia.
Leitor, vou fincar um marco
Na serra do Boqueirão
O forte mais gigantesco
Que já se viu no sertão
Nele demonstro a bravura
Do célebre Manuel Leitão” […]”